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CIPRIANO NEM BRUXO NEM SANTO APENAS UM SERVO DE DEUS

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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

VIDA E ORAÇÃO A SÃO FRANCISCO SOLANO


(14 DE JULHO)

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO SOLANO

 Ó Deus, por São Francisco Solano conduzistes muitos povos da América ao seio da Igreja; por suas preces e méritos, uni mais estreitamente a vós os nossos corações e, por vossa bondade, fazei chegar aos povos que não vos conhecem o temor do vosso santo Nome.

Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Que Assim Seja.

VIDA DE SÃO FRANCISCO SOLANO

Apóstolo do Novo Mundo, Francisco nasceu em Montilla (Córdoba, Espanha) a 10 de março de 1549, terceiro filho de Mateus Sánchez Solano e de Ana Jiménez, família abastada e de nobre ascendência. Fez seus estudos em Córdoba, junto dos jesuítas onde mostrou ser pessoa dotada de viva inteligência, dada à contemplação e à caridade. Antes de concluir os estudos de medicina, que havia iniciado com brilhantismo, pediu para ingressar na Ordem dos Frades Menores da Província de Granada. Em 1569, vestiu o hábito dos frades e, no ano seguinte, emitiu a profissão religiosa.

Sempre muito austero, paciente, humilde e perfeito na observância da Regra, continuou os estudos de filosofia e teologia no Convento de Santa Maria de Loreto, em Sevilha, morando em minúsculo canto do coro. Celebrou sua primeira missa a 4 de outubro de 1576. Em 1581 foi nomeado mestre de noviços do convento de Arruzafa (Córdoba), ofício que continuou a desempenhar no Convento de São Francisco do Monte da Serra Morena para onde foi transferido em 1583 e onde exerceu depois as funções de guardião e de pregador. Em todas as partes, acompanhava-o a fama de santidade e de taumaturgo devido aos milagres que realizava. Quando ocorreu o alastramento da peste bubônica na vizinha cidade de Montoro, voluntariamente se ofereceu para cuidados dos empestados. Transferido em 1587 para o convento de São Luis da Zubia, perto de Granada, foi eloqüente e estimadíssimo pregador popular e apóstolo entre os doentes e presidiários em todo o território circunvizinho.

Uma vez abandonada a idéia de se dirigir aos países muçulmanos para morrer mártir querendo assim fugir da veneração do povo, pediu para fazer parte da expedição missionária destinada à América. No dia 28 de fevereiro de 1589, partiu no navio Sanlucar de Barrameda com outros onze confrades conduzidos pelo padre Baltazar Navarro, custódio de Tucuman, e chegou a Cartagena, na Colômbia, em maio do mesmo ano. Daí continuou até Nome de Deus, no Panamá, que atravessou a pé até atingir as margens do Pacífico.

Quando se dirigia ao Peru, o galeão em que viajava com o grupo, afundou perto da ilha de Górgona em frente à Colômbia. Francisco se considerou pastor desta comunidade de desesperados, entre as quais, muitos escravos. Depois de dois meses de sofrimento foram recolhidos em outra embarcação e levados até um porto ao norte do Peru. O santo frade continuou a viagem a pé até a cidade de Lima. Foi, então, designado imediatamente missionário na longínqua Tucuman, ao norte da Argentina. Para lá chegar deveria fazer a cansativa viagem de três mil quilômetros através dos Andes a pé ou sobre o lombo de um pobre animal.

Tendo chegado a Tucuman em novembro de 1590 foi lhe dada a incumbência da Custódia Franciscana de São Jorge, fundada em 1565, com a finalidade de ocupar-se das missões. Vencendo não poucas dificuldades de língua, fundou a missão ou redução de Socotonio e Madalena, das quais foidoctrinero (pároco missionário), exercendo ministério junto a indígenas Diaguitas, dos quais se tornou evangelizador, civilizador, pacificador e defensor, tendo sido muitas vezes agraciado com dom das línguas. Entre todas as suas grandezas conta-se a da pacificação desta população rebelde na quinta-feira santa de 1591. São atribuídos a Francisco duzentas mil conversões e batizados de infiéis. Em 1592 estendeu seu apostolado aos brancos e “crioulos”.

Em 1595 foi chamado pela obediência a dirigir-se ao Peru onde foi nomeado guardião do convento de recoleção de Santa Maia dos Anjos em Lima, cargo que renunciou considerando-se sem capacidade e sem méritos para o exercício. Em 1602 foi transferido para Trujillo, onde exerceu a função de guardião. Pregador enérgico e inspirado ficou célebre com o fato de ter profetizado em 12 de novembro de
1603 a destruição da cidade, que aconteceu em 14 de fevereiro de 1619. Tendo voltado a Lima e nomeado ainda uma vez guardião, no dia 20 de dezembro de 1604 percorreu ruas e praças da cidade com um crucifixo nas mãos provocando um tal estado de comoção que obrigou o vice-rei a intervir. Mesmo sendo muito austero, mostrava-se alegre e costumava tocar violino para alegrar-se a si mesmo e aos confrades e também como instrumento de pastoral para aproximar-se dos índios.

Devido às suas penitências, nos últimos tempos de sua vida, viveu no convento-enfermaria conhecido como Máximo de Jesus (hoje São Francisco),
em Lima. Durante o terremoto de 1609, padre Francisco levantando-se com dificuldade queria confortar a população com sua palavra de fé. Não conseguiu mais recuperar a saúde. Morreu santamente em Lima a 14 de julho de 1610, enquanto, a seu pedido, os frades cantavam o Credo. Suas últimas palavras foram: “Glorificetur Deus”. Foi sepultado na igreja do convento. Seu corpo foi carregado pelo arcebispo de Lima, pelo vice-rei e por outros personagens ilustres.

Foi canonizado por Bento XIII a 27 de dezembro de 1726.


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